Saturday, July 10, 2010

mudou-se pro ipê amarelo

tiraram o velho pote de ouro

lá do fim do seu arco íris

obra de um duende ocioso

de sarro quis mudar diretrizes


mas eu já descobri

seu lugar paralelo

foi parar logo ali

no pé do ipê amarelo


(continua...quando eu voltar do ipê amarelo, vou de bicicleta e não breco. antes a janela destramelo pra ver na copa das árvores esse ouro singelo. adeus você, até a volta, com o pote nas mãos nos veremos então. para que prove desse rico metal, compre tudo que lhe tire seu mal. segure as pontas e relaxe a pestana, qu´em duas piscadas eu já volto com a grana)


busquei no bosque o dia inteiro

na praça, na estrada ou jardim

nem flor e nem a árvore veio

queriam é passar trote em mim


eu então conformado

não tem ouro vem ferro

fui voltar pelo lago

topei com ipê amarelo


que pote, que nada

no pé do danado

que ouro, que prata

só flor no chão forrado


foi bom porque eu já tinha perdido

a esperança que brilhara pra mim

pensei então: duende sabido

a flor é mais que ouro ou marfim


fim

1 Comments:

Blogger hesseherre said...

foi bom porque eu já tinha perdido
a esperança que brilhara pra mim
pensei então: duende sabido
a flor é mais que ouro ou marfim...

quando eu digo que a tua poesia flui, ela flui
naturalmente como a respiração - de quem não fuma, é claro.

11:02 PM  

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