Já fiz de quase tudo

já caguei de pé
na tábua da privada
já dancei na chuva
pisei na rua molhada
já tomei dois copos
tostando dois cigarros
de camisinha

Já dormi pelado
acordei todo excitado
Já mamei no peito
e andei de quatro
já fiz de quase um tudo
e tudo um quase
de camisinha

já tomei a décima
terceira saideira
já cantei no bar
na mesa como altar
já mijei na rua
escondendo o dito cujo
já beijei no escuro
e botei o dedo duro
de camisinha

já falei com jah
perto do inferno
já dormi no barco
distraído em alto mar
já andei descalço
e depois dormi no asfalto
já pulei a cerca
e caí no arbusto
de camisinha

já trabalhei bêbado
atolado na ressaca
já saí de carro
e voltei de bicicleta
já escrevi à lápis
estourando a caneta
já peguei no mouse
para abrir a braguilha
de camisinha

já escovei os dentes
com creme de barbear
já subi na árvore
só pra ver gato piar
já adorei as costas
até a moça virar
já senti o azedo
da mucosa biliar
de camisinha

já chamei urubu
de minha princesa
já dispensei pitel
e amarguei sozim na mesa
já comecei de um lado
pra acabar no destilado
já acordei são
e dormi desconsolado
de camisinha







já fiz esse som com mansidão, guizombola e stelar ibotirando saraivadas...