Sunday, January 06, 2008

Quando um descompleta o outro

Rasga e rui um de surpresa, como baú sem fundo e até a tampa de novidades espoantâneas desse tipo. Entre um afago e um cravo suga o sangue do outro, mastiga sua carne. Corrosão enzimada por uma porção razoável de maldades ocultas. Pra outro e pra um. Joga-se alto com o desprendimento de um rouba-montes. Blefes e pontapés. Quando o vinho alcança a plenitude do seu poder, eis que o próximo gole sela a derradeira taça no amargo tom da ironia. Vaivens de conforto ilusório. Porém nunca, ou quase nunca, despedem-se da classe, trajando elegantemente suas incongruentes fantasias de cordeiro. Tanto um quanto outro. Tem o seu prazer, e a cólera de sobremesa.

0 Comments:

Post a Comment

<< Home