Wednesday, February 15, 2006

acordei voando

Uma dor insuportável jorra na parte traseira superior da minha cabeça, levando minha mão de impulso a averiguar a nascente. Tudo seco, mas o galo a mantém no cucuruco, numa compressa psicológica que diminui e aflição. Só então dou-me conta de estar em sinuca que lembra em muito os vértices do encontro entre SP, RJ e MG. Mas as três linhas que apresentam-se e os três consequentes ângulos retos na verdade detêm um mapa e fotos, um nada, e um lustre, respectivamente, a ocupar-lhes o território. Será o tal do espírito que sai do nosso corpo quando dormimos a observar a mais secreta das nossas íntimas coceirinhas noturnas, sem a mais pálida cerimônia? Ou o demônio do bebê que morreu em cinegrafada negligência? Num quarto sem janelas, são poucas as evidências aptas a desvendar o mistério ou alumiar pingo de pista que seja. Mais um dia normal, se eu não estivesse aqui.