Wednesday, February 25, 2009

pregnant brother

quando esse moleque crescer
apanhar da vida em várias idades
e crescer em todas elas
quando tiver a licenciatura tirada
com diploma em pele de carneiro
ou guardanapo de boteco
quando souber que não sabe nada
ou se achar que sabe tudo

quando esse moleque crescer vai entender
que não é do sangue que nasce um irmão
e por isso é bem válido que me chame de tio.

fácil vem, fácil fica

que mel é este
acariciando minhas papilas
quando verto o copo de cachaça?

doce e denso, desce e molha
quente a pena que, de pronto, escreve

em guardanapo de papel, fiel
às maluquices, cafonices e entranhices
de daniel.

Friday, February 13, 2009

o cara tava numas de amar a vida

se o sol ardia ou se só chovia, tava sempre no lucro. fazia tempo que não sorria tanto. decerto que também não se lembrava de tanta chapuletada duma só vez como naqueles tempos. e antes que julguem-no, despertos leitores, um aderente ao sadomasoquismo, fique claro que não optava por receber porrada. apenas acontecia. uma montanha-russa (alguém leu o capítulo sobre os hífens?) onde cada subida de perder o fôlego cede em segundos ao precipício propício (parafraseando aqui wado, de alagoas) seguinte, também cheio de emoção. e, no caso dele, aprendizado. nos dois turnos. dali pracolá foi um clique quando soube que ele tava saindo de um ponto em elipses deitadas, e não mais em círculos estáticos.

ah... mas aí ele riu

-se.

experiências são como livros

mesmo aquelas que parecem péssimas, sempre lhe deixam alguma coisa de bom.

Wednesday, February 11, 2009

a paz mora na pausa

no suspiro
no intervalo


não, não queira
não busque

pare e respire
paz, meu filho
acha-se, jaz
nas polivalentes
reticências

suspenda
prenda
interrompa
pisque
saia


e pacifique-se

Wednesday, February 04, 2009

vaia-me deus

valha-me dionísio

sem sentido

. . . . . .... . tô com um problema tátil que não escuto o cheiro de tom algum quando fecho a boca. . ... .. . mal das vistas?