Thursday, August 18, 2011

andradina

enquanto ela pensa, eu canto

pr´afugentar o espanto (2x)



fala comigo da questão espacial, eu animo

mas completa com a louça pra lavar, desatino


lida com palavra feito número

discorre em prosa que nem máquina de somar



bota emoção numa reta

faz da minha vida sua régua

calcula o tamanho da gota

que para mim vai rolar



tira a medida do tombo

fareja a minha expressão

pra decretar o castigo

justinho pro meu coração



e enquanto ela pensa.... eu canto!

pr´afugentar o espanto (2x)



pergunta o quê e como e quando, onde e qual

meia na pia vira um imenso temporal

toda a poesia se mistura à comida do dia

me pendura na ponta do lápis pra depois dormir


me pendura na ponta do lápis pra depois dormir


me pendura na ponta do lápis pra depois dormir



Friday, August 12, 2011

e é por isso que existe a arte

que existe a literatura, a pintura, a música.

e digo mesmo as ficções, os romances, as coisas inventadas simplesmente pela poesia, qualquer seja a forma. o realismo fantástico, o surrealismo e todas as escolas.

o homem é bom enquanto artista.

porque a relação social é um horror.

a gente não se acha enquanto conjunto. e tá cada vez mais difícil.

e assim é a história, diriam os mais estudados. e por isso mesmo. ume repetição de quem manda mais, quem come quem, isso é meu, nem vem que não tem.

lindo é o homem que pula pela janela pra sair pintando outros mundos.

esses, que muito foram crucificados como alienados. bom, os mesmos estudados acima viriam rápido dizer que viver nessa alienação é virar as costas para o seu papel na mudança de tudo.

certo. e muito digno.

mas tem tanta sujeira aí pra cima que cedo à tentação de pensar que revelador seria vivermos mais de fantasia, como caminho para uma realidade com mais cor.