céu dos infernos
não há fronteira geográfica instituída, física ou virtualmente.... impossível delinear os momentos de fusão, onde o céu vira inferno e no milímetro adiante aquela chapa quente onde deitamos de costas nuas ganha um banho de cepacol, uma torrente de ar fresco tão de repente que lembra entrar num banco ao meio dia no verão de ribeirão... mas o paraíso não pode ser simploriamente reduzido ao ar condicionado... . . .há os anjos e suas trombetas ... . imagine um azeitado trombone de vara e um sax tenor inimaginável... . são pedro num banquinho com o braço arqueado sob o braço do baixo. . . . . . não não... meus olhos enevoados reconhecem são pedro sim, mas quebrando surdamente na batéra. . . . . . na guitarra o são negão e no baixo um santo bem parecido com são pedro... e, tão aprupto quanto uma exclamação, voltamos a arder tão forte que é sequer possível lembrar o gosto de uma cerveja... . . . .e tá lá... tô no céu.... aaaaaaaah! que inferno.... até um ponto que preferi me distanciar do inferno...
saí da arena...
e fomos seguindo para a saída....
entre sombras...
e ouvindo o senhor dos céus (sonny rollins, em inglês) assoprando aquela extensão de seu corpo manco, em pleno meio dia de um sol que cancerava carecas no parque do ibirapuera...
saí da arena...
e fomos seguindo para a saída....
entre sombras...
e ouvindo o senhor dos céus (sonny rollins, em inglês) assoprando aquela extensão de seu corpo manco, em pleno meio dia de um sol que cancerava carecas no parque do ibirapuera...