faz tempo que me deixei
para seguir o que não sei
às vezes sinto nos dedos
e provo o autêntico aroma
mas muda um grau o ponteiro
esvai-me sem pistas, só ais
volto ao vácuo infinito
um pentelho branco a mais
o que vivo era, quedou
cores, sons e porquês
são agora brisa leve
lembranças do que nunca houve
emaranho-me por legos
fácil ligar, lidar, brincar ser feliz
pra em seguida, sedento
buscar a peça rara. impossível?
pela falta d´outra doutrina
das que nunca foram minhas
mais uma ilusão deflagrada
mais uma esmurrada na faca